O Brasil fechou 115.599 vagas de trabalho com carteira assinada em maio, mostraram dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (19).
É o pior resultado para um mês de maio desde 1992. Desde aquele ano, o país não tinha registrado mais demissões do que contratações em maio.
O número do mês passado é resultado de 1.580.244 demissões e 1.464.645 admissões.
Em abril, tinham sido fechadas 97.827 vagas no país, também pior resultado para o mês desde 1992.
De janeiro a maio deste ano, foram fechados 243.948 empregos formais. Em 12 meses, o saldo negativo chega a 452.835 vagas.
O corte de vagas foi maior do que o esperado por analistas. A média estimada pelo jornal “Valor Econômico” era de perda de 50,6 mil vagas, enquanto pesquisa da agência de notícias Reuters apontava fechamento de 38 mil postos.
SP, RJ, MG e RS perdem mais empregos
Os Estados com maior saldo negativo de empregos foram São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Os únicos Estados em que houve saldo positivo foram Mato Grosso do Sul, Goiás, Acre e Piauí.
Indústria é a que mais demite; agropecuária contrata
Entre os setores, a indústria foi o que mais demitiu: saldo negativo de 60.989 vagas. Na sequência, apareceram serviços (-32.602), construção (-29.795) e comércio (-19.351).
O único resultado positivo foi registrado no setor agropecuário, com 28.362 vagas geradas.
O reflexo da crise econômica é sentido no emprego na indústria. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira (19) que o emprego industrial recuou 0,9% em abril, quarto mês seguido de queda.
(Com Reuters e Valor)