Conceição avalia trabalho no Cruzeiro e cita semelhanças com Pezzolano

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Conceição avalia trabalho no Cruzeiro e cita semelhanças com Pezzolano

Ex-técnico da Raposa lamentou fatores ‘extracampo’, detalhou o modelo de jogo e falou sobre o desempenho da equipe sob seu comando

SRSamuel Resende

23/11/2022 10:40

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Felipe Conceição comandou o Cruzeiro entre janeiro e junho de 2021
foto: Gustavo Aleixo/CruzeiroFelipe Conceição comandou o Cruzeiro entre janeiro e junho de 2021

Ex-Cruzeiro, Felipe Conceição detalhou o seu modelo de jogo e citou características parecidas com Paulo Pezzolano, atual treinador do clube celeste. Em entrevista ao Superesportes, o ex-técnico da Raposa avaliou o trabalho e explicou algumas dificuldades que teve durante a passagem em Belo Horizonte.

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Em relação ao posicionamento dos jogadores, Conceição não era adepto ao tradicional ‘camisa 10’, um meia com mais liberdade ofensiva. Ele falou sobre essa decisão e comparou as ideias de jogo com as de Pezzolano.

“Minha visão é um jogo intenso, similar ao do Pezzolano, com intensidade alta, jogo de transições forte, agressivo, e esse camisa 10 tradicional geralmente tem alguma dificuldade para fazer esse tipo de jogo. Eu tive outras experiências positivas no Guarani, com ‘camisas 10’, e que tiveram sucesso dentro do modelo de jogo, atuaram bem, evoluíram. É do modelo de jogo, mas é também do que você tem, das ‘ferramentas’ (…). O modelo pede jogadores intensos, que fazem do coletivo muito forte”, explicou Felipe.

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Na visão de Conceição, ainda que seja importante para o desempenho do time, o treinador não consegue fugir do contexto do clube. Com isso, ele se sentiu prejudicado pelo extracampo do Cruzeiro.

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“Quando o clube está em um momento conturbado, o treinador é uma peça – importante – mas não deixa de ser só uma peça em todo um contexto. As derrotas e vitórias hoje somatizam muito na figura do treinador, mas ele não tem essa força toda”, afirmou.

Felipe Conceição comandou a Raposa entre janeiro e junho de 2021. Ele deixou o Cruzeiro com 47,36% de aproveitamento em 19 jogos. 

Foram oito vitórias, três empates e oito derrotas, com 21 gols marcados e 18 sofridos antes da eliminação nos pênaltis para o Juazeirense, pela terceira fase da Copa do Brasil, em jogo que culminou em sua demissão.

O treinador lamentou algumas situações internas, como os salários atrasados de jogadores e funcionários. Além disso, ele acredita que as derrotas tiveram um peso maior do que o necessário em alguns momentos.

“Todo o resto atrapalha muito essa continuação, porque não passavam essa visão, eram muitos problemas. Não saboreamos essa evolução, nem conseguimos ter paz para continuar esse processo evolutivo. Qualquer tropeço era uma dimensão muito grande e trazia muitos problemas porque o contexto era muito ruim. Cheguei a ajudar os funcionários com cesta básica”, avaliou.

Ainda em entrevista ao Superesportes, Felipe Conceição ressaltou os bons desempenhos em clássicos no Campeonato Mineiro, disse que gostaria de ter promovido mais mudanças no elenco e elogiou a gestão de Ronaldo. Veja o trecho completo abaixo:

Após deixar o clube celeste, ele passou por Remo, Náutico e Chapecoense antes de ser anunciado pelo Sampaio Corrêa na sexta-feira passada (18/11).

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